Heróis... personagens símbolos de esperança e justiça cujo dever é zelar pelo que considera justo e correto, sendo tão importantes hoje como eram nos períodos antigos esses caracteres peculiares da cultura humana estão por todos os povos inspirando e motivando multidões. Mas quão perfeito é esse herói?
Temos a ilusão de que eles são invencíveis e que têm um potencial sobrehumano para suportar a dor, seja ela física ou sentimental, idealizamos um ser que a nada tema e que é capaz de realizar qualquer façanha, mas esquecemos que eles são tão humanos quanto nós, só tiveram a infelicidade de ter que de uma maneira mais radical tomar partido nessa batalha entre o bem e mal, e sendo assim eles estão suscetíveis às imposições da dor, aos desígnios do coração e mais importante aos limites do medo. Seu diferencial talvez seja a coragem, não de enfrentar batalhas, mas de enfrentar a si mesmo como ser humano e buscar ser algo mais que isso.
A humanidade do herói é algo inspirador e ao mesmo tempo revoltante porque você percebe que ao mesmo tempo que todo homem é um herói em potencial nós somos mantidos num regime de exclusão auto imposto no qual nossa liberdade é restringida por pessoas que só valem mais que nós materialmente e mesmo assim só dentro do sistema deles. Um filme que retrata bem isso é Gladiador:
Um grande general do exército romano, que é escolhido pelo imperador como seu sucessor, mas que por ambição do filho deste acaba por ter a família assassinada, é jogado no porão do coliseu como um mero escravo para servir de marionete com a qual o novo imperador podia promover a política do pão e circo por meio da barbárie, mas que ainda tem forças para combater e vingar sua família. Inspirador não?! Mas não paramos para pensar o quão triste sua história. Heróis sofrem por nós, lutam por nós, mas no fim o que eles ganham em troca é uma salva de palmas e o direito de ser lembrado até que o povo o esqueça.
Beijos e Abraços
Nenhum comentário:
Postar um comentário