sábado, 12 de março de 2011

Ensaio sobre uma mente universal - parte 2


        
          A compreensão do que o "eu" significa em uma sociedade que suprime toda forma de progresso intelectual que não a agrade é algo cuja existência é improvável; mas tendo em vista que o marco para a estruturação da genialidade de um indivíduo é quando este começa a burlar o sistema vigente, o surgimento desta compreensão é possível e fatalmente capaz de se disseminar.
          A mente humana como instrumento provedor de pensamentos é a ferramenta perfeita para a libertação do homem, no ponto em que tem o potencial de expandir sua visão muito além do que as formas de dominância conseguem controlar; só que esse poder é inútil se o indivíduo não sabe como usá-lo ou até mesmo ignora sua existência. O potencial da mente depende de três fatores básicos: observação, percepção e vontade, sendo este último o mais importante, pois é decisivo para distinguir o pensador comum do gênio.
          A vontade de buscar provar aquilo que sua mente inventa, faz com que o indivíduo evolua em níveis que nem mesmo ele sabia possuir, cada busca tida como essencial promove o auto conhecimento no ponto em que testa a capacidade de quem a realiza e sempre diminui suas limitações. A expansão da mente ocorre quando algo realmente novo aflora, do contrário o que é desenvolvido é somente um conhecimento circular mais apurado que apesar de abrir possibilidades ao indivíduo, por si só não tem valor.
          A manutenção de um foco, de um objetivo fixo e virtualmente imutável, porém abstrato, constitui a melhor ferramenta de auxílio àquele que visa o progresso intelectual. A enxurrada informacional que caracteriza o séc XXI vem acompanhada de uma mídia que transmite a imagem de um indivíduo detentor de uma incapacidade latente, fazendo com que nós decidamos reneguemos à razão por conveniência e soframos calados as consequências de uma vida multipolar sem querer buscar por nada...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ensaio sobre uma mente universal - parte 1



          Basta disseminar uma unica virtude para mudar o mundo, mas só o conjunto delas é capaz de remodelá-lo. Contudo a fronteira entre o certo e o errado se limita a uma tênue e volátil linha imaginária permeada de discórdia que serpenteia indefinidamente pelas tabulas do tempo cujo início e fim ainda é estranho ao nosso conhecimento e sendo assim em que devemos acreditar?
          Quando nos dizem que somos loucos o que querem nos dizer? É estranho pensar que por sugerir algo novo somos taxados de malucos, já que a maioria dos conceitos revolucionários foi mal vista na época de seu surgimento, mas que depois de anos seus criadores foram consagrados como grandes gênios em sua áreas. É preciso entender que a busca por algo melhor depende de concessões, e assim como é necessário tirar os pés do chão para alçar vôo, uma ideia só surge de uma mente que não se enraiza em algo já existente, mas que "cria sua base" à partir daquilo que, até então, se mantinha inexplorado.
           A chave para a descoberta nada mais é do que vontade própria, é querer fazer a mudança acontecer, a inspiração vem como consequência disso. Quando nos determinamos a analisar o ambiente que nos cerca nos surpreendemos com a maneira com a qual percebemos quaisquer padrões de organização que o tempo com perícia elaborou, começamos a compreender que tudo tem um motivo e uma origem, e ao sentirmos uma rajada de vento noturno caminhando em direção ao mar percebemos que fazemos parte de um todo muito maior do que poderíamos conceber e de que cada pequeno gesto ou ação que você acumulou na vida possibilitou aquele momento.
          O esoterismo que permeia a interpretação espiritual dos sentidos nada nos diz sem uma base racional, e sendo assim o primeiro passo para a descoberta de uma virtude é aniquilar as fronteiras que separam esses três conceitos e estabelecer para um fato uma resposta que atenda todo o conjunto, sendo esta uma personificação do equilíbrio que evidencia o que é uma virtude, em segundo lugar deve-se aplicar sua conclusão e caso isso venha a surtir um efeito positivo é porque a sua descoberta pode, de fato, mudar o mundo.    

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sonhos...


          Certa vez o homem se perguntou o porque de sua existência, foi criado o paradoxo do ser e do não ser, que em resumo se manifesta em antítese a este questionamento fazendo com que nós nos perguntemos o porque de continuar existindo, pois na morte havemos de ter um último sonho que nos trará a verdade, mas hesitamos frente à incerteza que se apresenta. Como saber se as respostas que ansiamos estão separadas de nós pela tênue fronteira da vida ou se estão ocultas em seus domínios.
          Então porque não tentar de ambos os meios? Se a certeza da morte é a unica que temos, adiá-la nos dá tempo hábil para realizar nossa busca em vida. Vida essa que também está permeada de sonhos, que nos revelam mais sobre nós do que sobre o mundo que nos cerca, os medos e anseios mais profundos afloram em um turbilhão de imagens distorcidas que evidenciam que tais respostas existem em nossas mentes, mas que precisamos de um meio de acessá-las.
          Só que a sombra do fracasso nos acovarda, a própria ignorância nos desmotiva com a sua benção, a verdade há muito procurada não condiz mais com nossas vontades, e assim a busca cessa. O descaso nos faz optar pelo caminho mais fácil, consumir a própria vida esperando a hora em que esta venha a se esgotar, e é isso que nos condena, que nos deixa à mercê do desconhecido e sujeitos a danos irreparáveis. 
          Num sonho final tudo se esclarece e depois dele o vazio se abre para nós. A consciência em vez de livre se encontra inerte visto que atingiu o máximo conhecimento e não tem onde aplicá-lo, podemos ouvir e sentir cada elemento do maquinário universal cumprir sua função, só então temos consciência de nossa inexistência e de que estivemos sempre fardados a esse fim, de que a vida, mesmo que breve, é uma etapa sem paralelo em que o plano consciente se funde ao material nos dando uma unica chance de ser algo além de um sonho.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Saindo da rotina...






          O que seria de um blog sem clichês??? Então para sair da rotina resolvi fazer um post diferente, ao começar por uma foto de um gato feliz! :D, agora resolvi apresentar uma pequena lista de algumas músicas legais! lol, imagina só um nerd tentando dizer o que é legal, num vai prestar, mas que se foda o blog é meu mesmo! ^^


Bem galera, estava sem idéia então é isso mesmo...


Vou fazer um top 5 (preguiça é foda!)¹ (Em ordem alfabética lol)² das minhas músicas preferidas no ano até agora ^^, se algum desocupado estiver curioso em escutá-las fique à vontade, o problema não é meu! ;D. 


- Don't Go Away >> Oasis : Não sei porque, mas me peguei escutando essa música diversas vezes esse ano, então está aí! =D


- Ne Pleure Pas >> Kamelot : A música é incrível, além de ter um atrativo a mais por ser em francês a música fala da relação de pai e filho de uma maneira bastante diferente. Acho que a unica dica de banda do meu bom amigo Pedro que eu aprovei. =P


- Os Barcos >> Legião Urbana : Se você me conhece, ou pelo menos leu minha breve "biografia" aqui ao lado sabe que eu sou fã da Legião Urbana, mas ultimamente eu tenho tido um apreço especial e inexplicável por essa música, mas o fato é que ela é excelente!


- Quando Eu Te Encontrar >> Biquíni Cavadão : Tem um ritmo bacana e uma letra interessante, vale a pena conferir!


- The Scientist >> Coldplay : Meio deprimente, um tanto quanto manjada, mas é uma boa música! ^^




Beijos, abraços e um lembrete: Tornem seu ócio produtivo! ^^ 


att  Ferreira G.M.V.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Virtude Baldia!?...

      
          O ano começou há mais de um mês e só agora eu vim postar aqui! Sou um vagabundo mesmo..., mas são águas passadas e já delineei minha estrada do modo como eu espero que ele seja, portanto antes de mais nada eu venho propor um momento reflexivo! O meu blog após a reforma passou a se chamar Virtude Baldia!? e desde então é só isso o que eu venho postando aqui, ou seja, a minha idéia de virtude, o fato dela ser baldia nada mais é do que um modo de chamar a atenção à aquilo que é esquecido, largado de lado e que ano após ano vai sendo coberto por um amontoado de entulho! Esse é meu objetivo, trazer à superfície as minhas idéias e incentivar quem as leia a formular as suas!
          Quem nunca teve sua virtude baldia? Quem nunca pensou, mesmo que por um instante, que aquela idéia maluca nascida do tédio de uma tarde nublada poderia de algum modo acabar com a guerra, com a fome, criar um novo tipo de pessoa, salvar o mundo e dentre outras coisas mudar o individuo que somos. Pois eu venho falar que pode! O simples fato de considerar a mudança já é um grande passo, pois implica no reconhecimento dos nossos defeitos e na valorização das nossas qualidades e assim melhoramos, se melhoramos forçamos o mundo à nossa volta a se modificar, e na modificação reside o poder do progresso que uma hora ou outra irá de fato liquidar com algum dos muitos defeitos da sociedade.
          A virtude baldia está presente em todo lugar, pois o que ninguém valoriza fica à espera de uma oportunidade, se esgueirando pelas conversas entre amigos e nos discursos de incentivo, esperando um dia encontrar alguém que a aceite. Uma virtude baldia ao contrário do que o nome sugere é algo imaculado, que só existe apoiada em sinceridade e espontaneidade, que só gera felicidade se aceita de modo racional, se o seu protetor, por assim dizer, tiver consciência da sua natureza transformadora. Por isso só o indivíduo que tem autonomia de pensamento pode mantê-la viva e útil!
          Uma vez eu pensei que reescrevendo esse blog eu largaria um pouco do tédio que vinha me perseguindo, mas na verdade o objetivo principal sempre foi mostrar o que sou para os que tem interesse em saber, e disso tudo eu tiro a minha definição de virtude: " Ser virtuoso não é ter uma inclinação para o bem, mas não ver razão de se fazer o mal, é não pensar que a escuridão é a ausência de luz e sim que a luz é a ausência de escuridão, e assim não cometer o erro de achar que uma centelha no escuro é o suficiente para se combater todo o mal".




Beijos e Abraços!

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Admirável mundo novo


          Como havemos de controlar os desígnios do tempo? Como podemos frear o avanço de seu imponente maquinário? E porque nos importamos com a sua passagem? O ano acabou... 2010, assim como qualquer ano, foi marcado de alegria e tristeza, por conquistas e tragédias, por momentos... sendo eles bons ou maus representaram alguma coisa para nós, nos fizeram crescer e amadurecer, como pessoa e como sociedade, ou mesmo nos recolher de medo do que nos tornamos, mas até isso nos ajuda a evoluir.
          Quem me dera voltar no tempo e consertar os erros do passado, ser alguém melhor do que fui, fazer o que tive vontade, mas que por receio não fiz... receio esse, que hoje eu enxergo como medo de ser incapaz, mas conforme o passado se distância e se acomoda nas periferias de uma quarta dimensão esse desejo se torna mais um sonho inalcançável que vagarosamente é esquecido até que sua existência quase que extinta é retomada por algum momento, mas que nunca irá se realizar.
          Ou quem me dera pausa-lo me livrando assim do destino, podendo traçar meu próprio rumo, ou mesmo que eu permaneça congelado, poder enfim respirar aliviado por não ter que escolher mais nada, não mais correr o risco de errar, mas tendo que conviver com o peso de nunca acertar. Talvez não seja tão bom viver essa meia vida, estar vivo sem poder demonstrar...
          Mas são coisas fora de alcance, devaneios de uma mente reflexiva. O fato é que o tempo corre e nunca se cansa, ele abre as portas para um novo mundo, um futuro misterioso e indecifrável que permeado de sonhos se molda alheio à nossa sorte e vontade, o universo cresce e se transforma com fluidez para recriar o mundo, que espero eu que sem ironia seja admirável.    

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

É triste...



"...Está um dia tão bonito lá fora, eu quero brincar, mas hoje não dá, hoje não dá, a maldade humana agora não tem nome, hoje não dá, vou consertar a minha asa quebrada e descansar..."


          Eu pessoalmente nunca quis me tornar um prisioneiro urbano que carrega no bolso a chave da própria cela, ninguém nunca quis, mas isso é real, tangível e passível de ser ignorado, tal como tudo que queremos esquecer por nos fazer mal, eu ainda quero um dia dormir sem me sentir confortável pelo fato da porta estar trancada, mas quero descansar sem ter que pensar em nada, não quero que minha felicidade seja barrar o medo.
          Como poucos que tem a minha idade eu ainda pude desfrutar de uma era que agora se encontra extinta. Tenho saudades da época em que eu saía de casa e me sentava na calçada junto com os amigos e de lá nos levantávamos e íamos para a praça jogar bola. Tanta melancolia que não se justifica pelo tempo, isso foi há 7 anos, mas pela mudança. 
          Eu nunca fui assaltado, mas conheci muitas pessoas que foram, mais de uma vez vi acidentes de trânsito a poucos metros da minha casa, sei quão violento é o gênio humano, sei quão macabras e banais são suas motivações, sei quão fácil é reverter a situação, e o quanto relutamos em faze-la. A questão mais difícil não é entender, mas aceitar que somos capazes de entender que retroceder é a única maneira de voltar a um determinado ponto em uma linha que tende ao infinito, mas que nesse caso nunca chegará lá.
          Hoje eu tranquei a porta... não porque sou hipócrita, mas porque sou realista, não vou cometer a ingenuidade de confiar cegamente na bondade humana, sei dos perigos que vagam do lado de fora, tal como sei que deixar a porta aberta é só um ato simbólico, o ideal seria que ninguém tivesse que tranca-la.


"... gostaria de não saber, destes crimes atrozes, é todo dia agora. E o que vamos fazer? Quero voar pra bem longe, mas hoje não dá, não sei o que pensar e nem o que dizer. Só nos sobrou do amor a falta que ficou..." 


Os Anjos...