sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Admirável mundo novo


          Como havemos de controlar os desígnios do tempo? Como podemos frear o avanço de seu imponente maquinário? E porque nos importamos com a sua passagem? O ano acabou... 2010, assim como qualquer ano, foi marcado de alegria e tristeza, por conquistas e tragédias, por momentos... sendo eles bons ou maus representaram alguma coisa para nós, nos fizeram crescer e amadurecer, como pessoa e como sociedade, ou mesmo nos recolher de medo do que nos tornamos, mas até isso nos ajuda a evoluir.
          Quem me dera voltar no tempo e consertar os erros do passado, ser alguém melhor do que fui, fazer o que tive vontade, mas que por receio não fiz... receio esse, que hoje eu enxergo como medo de ser incapaz, mas conforme o passado se distância e se acomoda nas periferias de uma quarta dimensão esse desejo se torna mais um sonho inalcançável que vagarosamente é esquecido até que sua existência quase que extinta é retomada por algum momento, mas que nunca irá se realizar.
          Ou quem me dera pausa-lo me livrando assim do destino, podendo traçar meu próprio rumo, ou mesmo que eu permaneça congelado, poder enfim respirar aliviado por não ter que escolher mais nada, não mais correr o risco de errar, mas tendo que conviver com o peso de nunca acertar. Talvez não seja tão bom viver essa meia vida, estar vivo sem poder demonstrar...
          Mas são coisas fora de alcance, devaneios de uma mente reflexiva. O fato é que o tempo corre e nunca se cansa, ele abre as portas para um novo mundo, um futuro misterioso e indecifrável que permeado de sonhos se molda alheio à nossa sorte e vontade, o universo cresce e se transforma com fluidez para recriar o mundo, que espero eu que sem ironia seja admirável.    

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